Por Lorenz Wieland
Há um ano, no dia 1° de agosto de 2020, o Movimento contra as medidas restritivas do Corona garantiu um grandioso sucesso: mais de 800.000 manifestantes, talvez mais de um milhão, se reuniram para um protesto pacífico em torno do Portão de Brandenburgo e da Coluna da Vitória, no centro de Berlim. Uma celebração pela paz e liberdade sob um sol brilhante. A polícia e os políticos foram apanhados desprevenidos e não conseguiram deter as massas. O Estado e suas políticas anti-cidadãos foram expostos.
Mas o Estado bate de volta com todas as suas forças. Primeiro, durante outras manifestações, ruas inteiras cheias de pessoas foram cercadas durante horas em vez de deixá-las ir. Os manifestantes foram presos arbitrariamente e muitas vezes com uso de força bruta. A violência freqüentemente atinge mulheres e pessoas idosas, enquanto a mesma polícia deixa traficantes de drogas no Görlitzer Park, clãs criminosos árabes em Kreuzberg e manifestações do Antifa irem adiante na capital alemã.
A etapa seguinte do governo alemão foi a introdução da Lei de Proteção Contra Infecções no final de novembro de 2020. A partir daí as liberdades e garantias individuais poderiam ser amplamente restringidas pelo governo federal através de uma lei que é claramente inconstitucional. Isto também afetou o direito fundamental de reunião para manifestações. Se os opositores às medidas restritivas do Corona anunciassem uma manifestação, ela simplesmente não seria mais autorizada: Os oponentes das tais medidas restritivas foram considerados um risco à saúde porque em demonstrações anteriores não usaram as tais máscaras e não seguiram o distanciamento social exigido.
Foi assim que o novo delito de pré-crime ou crime antecipado encontrou seu caminho na jurisprudência alemã, como no filme “Minority Report” com Tom Cruise, onde os tribunais sabiam antecipadamente a quem deveriam acusar, quem seriam os criminosos. Um absurdo legal. Especialmente quando se considera que, ao mesmo tempo, os protestos e manifestações de outros grupos como o Black Lives Matter e o LGBT+ eram autorizados sem qualquer interferência da polícia, sendo que os manifestantes violavam todas as normas de higiene.
Portanto, as proibiçoes do Executivo para os protestos dos grupos contra a Política do Corona que jogou por terra os direitos básicos do cidadão foram de cunho político e as decisões judiciais sobre elas até a Suprema Corte de Justica, foram todas políticas e partidárias.
Este foi o caso do registro da Manifestação pela Paz, Liberdade e Direitos Fundamentais marcado para o dia 1° de agosto de 2021, data do aniversário de um ano do protesto histórico em Berlim que garantiu o “Despertar” também em outros países e criou um núcleo de ativismo comum entre eles.
Os organizadores do protesto apresentaram às autoridades todo um planejamento dentro dos critérios de higiene ainda além do que era exigido. E ainda assim, o protesto nao foi autorizado.
Apenas uma semana antes, a comunidade LGBT+ comemorou o “Christopher Street Day” em Berlim. Sessenta e cinco mil gays, lésbicas e todos os demais gêneros se amontoaram dançando, cantando e suando, o dia inteiro, a maioria sem máscara. Os políticos aplaudiram e ficaram animadíssimos com o sucesso do evento.
Vamos ser claros: a comunidade LGBT+ tem direito a tudo isso. E os políticos não estão preocupados com os riscos à saúde daqueles que participaram do evento LGBT+.
Sabemos disso pelo menos desde 1° de agosto de 2020 porque não houve sinais de uma nova onda da doença após aquela manifestação gigantesca.
Mas, uma semana depois da celebração animadíssima do Chistopher Street Day em Belim, os opositores às medidas governamentais do Covid não puderam ir às ruas se manifestar por serem considerados um perigo à saúde.
Esta justificativa usada para o cancelamento da manifestação na cidade de Berlim e que foi seguida por todos os tribunais, é pura zombaria. Isto até chamou a atenção do jornal BILD, o mais popular da Alemanha, cujo editor-chefe, Julian Reichelt, escreveu: “Esta arbitrariedade é perigosa”
Aqueles que estão dentro da pauta do governo podem se manifestar, aqueles que não estão de acordo com ela, não ! Isto é o que acontece na Bielorússia, China, Coréia do Norte e Venezuela.
As autoridades da cidade de Berlim mentem. A Justica em todas as instâncias, até a Suprema Corte alemã mente. O governo federal mente. Todos eles dobram a lei e ela é jogada por terra. As liberdades prometidas pela Lei Fundamental do país são permanentemente suspensas para aqueles que não compartilham os mesmos pontos de vista do governo.
E aí vem o ponto crucial: o Estado e suas instituições removeram definitivamente a ordem constitucional. É um ´Golpe de Estado’.
Há apenas um último recurso contra isto na Lei Fundamental Alemã:
Artigo 20, parágrafo 4 da Lei Básica: “Contra qualquer pessoa que se comprometa a eliminar esta ordem constitucional, todos os alemães têm o direito de resistir se nenhum outro recurso for possível.“
Agora estamos prontos. Outreas alternativas não são mais possíveis. A Alemanha está dando o salto de um sistema autoritário à la Bielorússia para uma ditadura norte-coreana. Portanto, em 1º de agosto de 2021, a manifestação proibida ocorreu. No entanto, para os cidadãos alemães, que são conhecidos por sua obediência ao Estado, esta foi uma superação particular.
A polícia tentou fechar todas as vias de acesso a Berlim, as estradas principais e caminjos alternativos. Ninguém deveria entrar no centro da cidade. A cidade sitiada, que faz lembrar Berlim antes da queda do Muro: a ilha, de onde ninguém tinha permissao para sair ou entrar.
Mas muitos dos que não tiveram permissão de se manifestar, começaram a caminhar, conseguiram entrar pelo oeste da cidade e se dispersaram por diferentes ruas. A polícia se interpôs no caminho das pessoas que seguiam inofensivas.
Eles não puderam ser parados. A polícia nao conseguiu detê-los.
E ao final os policiais foram cercados pelos manifestantes e tiveram que capitular
Cerca de 80.000 pessoas conseguiram entrar no centro da cidade, ao redor do Portão de Brandenburgo e ficaram felizes com o sucesso
Mas era muito cedo para comemorar. As unidades especiais de policiais treinados sob o comando do prefeito comunista de Berlim, Michael Müller, gostam de usar a violência arbitrariamente. Subjugam as pessoas de forma humilhante. Escolhem os mais fracos: Mulheres, até mesmo mulheres idosas, até mesmo crianças, sem pensar duas vezes. Eles subjugam qualquer um que não escape a tempo.
Para sufocar uma mulher sem motivo e jogá-la no chão é preciso estar em uma condição humana patética. Bater no rosto de um criança com o punho fechado quando ela tenta proteger a mãe que foi jogada no chão pela policia, é vil, é covarde é criminoso. O que essas pessoas fazem no servico público, são pagas pelo povo para proteger o cidadão? Precisam de tratamento psicológico. Empurrar mulheres de idade, jogá-las no chão sem respeito algum – é difícil de acreditar !
Quem faz isso também empurra uma pessoa através de uma vidraça e causa ferimentos graves nela.
As imagens feitas por um ativista holandês mostram a vítima com as pernas sangrando e apontando aos berros o agressor: “Foi ele, foi ele, ele tem uma arma”.
Mas não foi apenas isso. Um homem de morre de ataque cardíaco após uma operação policial desse tipo. Sascha, de 49 anos foi um dos fundadores do partido “Die Basis”, um partido democrático de base que participará das eleições para o Bundestag no final de setembro. Neste partido recém _
-criado estão médicos e epidemiologistas conhecidos e de renome como Wolfgang Wodarg e Sucharit Bhakdi.
O governo não tolera qualquer oposição. Para isso, ele também passa por cima de cadáveres. Mas muitos cidadãos aprenderam essa lição pela primeira vez: temos que repetir nossa liberdade e direitos básicos para nós mesmos, o Estado não os devolverá voluntariamente. Chegou a hora do Artigo 20, parágrafo 4 da Lei Básica: Todos os alemães têm o direito de resistir se nenhum outro remédio for possível.
Estamos dentro de uma guerra,não vê quem não quer ver,as pessoas estão sendo muito cômodas,quando acordem vai ser tarde demais,eu espero que mas pessoas acordem,pelas novas gerações
O crime legalizado.
A força, arbítrio, restrições, a liberdade dos cidadãos ignoradas .
Todos os Direitos fundamentais do ser humano submetidos pelo governo ditatorial e desumano.
A força policial, a mesma que deve ser o resguardo do cidadão de Bem, agride, humilha . Covardemente.
E mesmo assim, a LIBERDADE , riqueza e razão da vida grita mais alto.
No coração de todos os homens.
Sempre.
Excelente texto.