Luciana Arnaud
Que se lasquem os sorrisinhos falsos que eu to passando com o meu furor. Não quero choro, nem vela, não quero fita amarela, nem uma casinha branca com janela. Quero correr, quero voar, a mil por hora nas estradas de todos os santos. E às vezes, a alegria de um barco voltando.a ternura de mãos se encontrando. Vem, me dê a mão, vamos sair pra ver o sol, a lua, as modas das gentes e vamos inventar de sermos diferentes. Ainda que iguais, iguais, iguais. Sim, no fim, somos todos iguais; nesta noite. Tenho andado distraída, prestando muita atenção em cores que não sei o nome. Sou rebelde porque eu quis assim. Enquanto me tiver, que eu seja a última e a primeira. Por isso eu corro demais, por isso eu bebo demais, por isso eu falo demais : não posso vender minha alma ao diabo, já fiz meu trato comigo. Andar na corda bamba é o que a gente faz; e refaz. Só nos resta viver e dizer.