Junia Turra
Mundo Fashion:
A falta que faz um espelho e a dose de bom senso
Donatella pode até ter errado a dose das plásticas, do sol em excesso, das dietas anoréxicas. Mas o mundo da moda, continua a ser o mundo da moda, independente dela. O mesmo vale para Lynn Yager, uma tal fulana que ganhou destaque nesta temporada por ser da redação da Vogue americana. O motivo não é o que ela escreve, mas o estilo retrô dadaísta com o qual desfila por aí.
Especialmente no primeiro ano sem Karl Lagerfeld, que ficou a frente da Maison Chanel por quase 40 anos, as distorções chamam bastante a atenção.
Vai se difícil superar um gênio como Lagerfeld, que ainda era um cartunista de primeira grandeza e um grande intelectual. A biblioteca dele é uma das mais cobiçadas da galáxia.
Lagerfeld era referência e amigo de uma vida de Anna Wintour, a poderosa editora da Vogue .
A jogada de marketing no esquema político não cabe no corpitcho da alta sociedade. Fico pensando se a viúva de Arafat , que não ia à Palestina para não empoeirar os sapatos de tal marca, sairia por aí com sandálias de bom samaritano da pauta sadô-globalista .
Mera publicidade. Querem causar.
Nas vitrines do circuito da Moda em Paris, Düsseldorf , Milão e NY a “fulaninha” da Vogue vinda de outro planeta, não cabe.
É por si só um personagem fictício, até divertido, saído de algum bosque rodeada por faunos, ou do armário de Nárnia.
Pouco importa.
Ela não está lá …
Pecinha temática da Vogue. Ponto. Tal qual os desfiles . Ele seguem um roteiro, como um script de teatro.
Mulheres vestidas com ternos.
Homens com saias.
Aliás, isso nunca preconizou masculinidade ou a falta dela.
Afinal, escoceses usam saia. Em outras civilizações se usavam saiotes e aquelas roupas “rococó” dos nobres parecendo um cocoricó lá pelo século XVII e XVIII?
Modelos apenas desfilam para a marca.
É preciso estar no padrão.
Não adianta desengonçadas , gorduchas, perninhas curtas, bundas com vida própria acharem que o modelo ideal tem que ser mudado.
Não, na passarela, não.
E aquela coisa feia que no momento está ali à frente da Vogue agradece penhoradamente às criaturas que deram destaque e publicidade a ela.
Fora isso, é zero à esquerda :
gorda , feia, corpo de Meméia.
Não adianta, quem nasceu pra Meméia não vira Medéia. E nao entra no Catwalk.
Mas … se ela quer aparecer e pendurar melancia na cabeça, qual o problema?
Afinal , a liberdade determina isso . Deixe as pessoas serem o que quiserem ser, sem impor a elas o seu estilo pessoal. E que elas não imponham aos outros a máscara fashion globalista.
Pode x Não Pode?
Tenho várias amigas que dizem que depois dos 30 não se pode usar cabelo comprido e muito menos franja….
Elas nem usam , mas poderiam perder uns quilinhos ou deixar o cabelo crescer um pouquinho porque cada caso é um caso.
Lacinho de fita depois dos 60, vovó dizia, é só pra quem está dando defeito. Imagina misturar seda com lã….
Pra mim que se subir no salto pareço uma Pata Choca, prefiro mesmo descer a ladeira com a lata d’água na cabeça e berrando contra os incautos.
Ah, eu e Claudia Schiffer discutimos a Estética em Kant. Já viramos notícia juntas por isso e rimos sentadas ali na calçada na madrugada da Oscar Freire, de jeans e cabelos ao vento.
Não há elegância maior do que ser livre sem essa pequeneza de dar conta da vida alheia.
E estria e pelanca? São pavoroooosos. Só pra constar. Portanto, antes de falar dos outros, passe pelo próprio espelho.
E preste atenção nas vitrines das lojas e na apresentação das coleções das grandes marcas. Canhões de guerra não entram na passarela muito menos com traje sucata.
Agora confira os desfiles da Coleção Outono Inverno 2020/2021:
Mais um deleite de leitura 😘